Você sabe o que é cross docking? Será que ele é o mais indicado para a sua empresa?
Apesar de parecer extremamente atrativo, o cross docking é mais indicado para comércios digitais, ou seja, para e-commerces. Devido a diferença de experiência de compra nos dois casos.
Com o surgimento da logística omnichannel, aumento da diversificação de canais de vendas e número de e-commerces saber o que é cross docking é uma ótima estratégia.
Principalmente porque estamos em um cenário de consumo cada vez mais ágil, com compras em poucos cliques, entrega expressa e o same day delivery. As empresas que não procuram otimizar seus processos logísticos vão perder posição para seus concorrentes rapidamente.
Vamos entender melhor o que significa este termo, benefícios e como ele pode agilizar processos? Então, vamos lá!
Ah! Não deixe de ler o artigo até o final, separamos alguns cuidados indispensáveis para empresas que pensam em aderir ao cross docking.
O que é cross docking?
Cross docking é um processo logístico que visa diminuir o número de armazenamentos intermediários. Ele é baseado na estratégia just in time de trabalhar com o estoque do fornecedor.
Na forma tradicional o lojista adquire um produto do fornecedor, estoca e vende para o cliente, certo?
Já no modelo logístico de cross docking, o lojista efetua a venda primeiro e só então faz o pedido para o fornecedor. Desta forma, o produto já é destinado ao cliente no momento em que embarca para um armazém, ou operador logístico.
Resumidamente, neste modelo a empresa pode trabalhar como um e-commerce sem estoque, por exemplo. Ter, então, seus produtos enviados diretamente para o centro de distribuição e direcionado ao cliente.
Veja o infográfico abaixo para compreender melhor o que é cross docking:
Tipos de cross docking
O cross docking pode ser desenvolvido de formas diferentes dependendo dos produtos transportados, ou do posicionamento estratégico da empresa. Existem três formas de aplicação:
- Movimentação contínua – É o tipo mais comum, e o objetivo central é a agilidade. Para isso, as mercadorias são recebidas do fornecedor e expedidas no menor tempo possível, evitando ao máximo produtos em estoque;
- Movimento de distribuição – Neste tipo de cross docking os produtos são recebidos do fornecedor, separados e enviados para preencher a carga completa do transporte. Também chamada de cargas lotação. A aplicação deste tipo de cross docking é mais comum em empresas que atuam no mercado B2B.
- Movimentação consolidada ou híbrida – Parte dos produtos é separada e enviada ao cliente e parte é encaminhada para o estoque.
Benefícios do cross docking
- Menor custo logístico – A empresa que atua no formato cross docking não precisa, necessariamente, de um grande espaço de estocagem. Desta forma, os custos fixos com este item são minimizados.
- Mais agilidade – O processo de separação e distribuição acontece de forma mais rápida devido à diminuição de etapas e burocracia.
- Melhora na experiência do usuário – Os objetivos principais do cross docking é aumentar a agilidade logística sem comprometer a qualidade do serviço prestado. Isso, naturalmente, torna o processo de compra mais positivo para o consumidor.
Além, é claro, de evitar capital parado, diminuir riscos de avarias e aumentar a variedade de produtos disponíveis para o consumidor.
Como funciona o cross docking, na prática?
Não basta saber o que é cross docking, precisamos compreender como ele realmente funciona.
1 – Escolha do fornecedor
A primeira etapa da compreensão de o que é cross docking é a escolha do fornecedor. Após o lojista desenvolver um planejamento estratégico de como ele vai atuar no cross docking é o momento de escolher qual o fornecedor se enquadra nos seus requisitos. Os principais itens a serem considerados são: confiança no fornecedor e prazo de entrega.
Além do preço, é claro.
Diferente do método tradicional, no cross docking você já realizou a venda antes de ter o produto em estoque. Isso quer dizer que, independente do que aconteça esse produto precisa ser entregue no prazo acordado. Caso contrário você vai prejudicar a experiência do consumidor, as chances de fidelização e ainda pode sofrer com comentários negativos nas avaliações.
Por isso a escolha do fornecedor é um dos passos mais delicados e importantes dessa estratégia. Se ele não cumprir com o prazo, não tiver estoque integrado e atualizado você corre o risco de vender algo que não será entregue.
2 – Cadastro de produtos disponíveis
Uma das vantagens de aplicar o cross docking é que você pode oferecer uma gama maior de produtos, sem o custo de mantê-los em estoque. Ou seja, maior variedade para o cliente, menor custo para a sua empresa.
O segundo passo de o que é, portanto, a seleção de produtos que você quer de fato vender e aqueles que você gostaria de fazer um teste de mercado. Depois da escolha basta cadastrá-los na aba de produtos disponíveis.
3 – Estabelecer prazos
No momento do planejamento estratégico é indispensável que o lojista trace cenários realistas, otimistas e pessimistas. Afinal, o prazo de entrega é um dos fatores com maior peso para os consumidores, tanto em relação a atrasos, quando na agilidade.
Isso quer dizer que a experiência do cliente é afetada positivamente quando oferecemos prazos cada vez menores e negativamente quando a promessa de prazo é quebrada. Fique atento a isso para que o cross docking seja realmente positivo para a sua empresa.
Ah! E deixe claro o sistema logístico com o qual a sua empresa trabalha. O relacionamento com o cliente deve ser completamente transparente.
O prazo é, infelizmente, um dos pontos contra o sistema de cross docking. Afinal, a tendência no cenário de transporte é entregas cada vez mais ágeis, inspiradas pelo same day delivery.
Cuidados com o cross docking
Como vimos acima, o prazo pode ser um dos calcanhares de aquiles do sistema de cross docking. Como o pedido é realizado após a venda do produto, o prazo de envio, naturalmente, é maior do que se a empresa já tivesse o produto em estoque.
É interessante, portanto, otimizar todos os demais processos, principalmente no setor de compras, distribuição e pagamento. Outro ponto indispensável é estabelecer um relacionamento estratégico com seus fornecedores. Eles são peças-chave no cross-docking.
Veja mais alguns itens que é preciso ter cuidado ao implantar o cross docking:
- Menor poder de negociação – Como os pedidos são feitos de forma individual você perde a vantagem de negociar preços melhores baseados no tamanho do pedido. Um bom planejamento e acordos prévios com fornecedores podem minimizar essa questão;
- Maior custo com transporte – Neste caso você pode fechar acordos de transporte de cargas fracionadas e dissipar estes custos com mais empresas.
- Sazonalidade – O seu negócio pode apresentar picos de vendas incomuns para o fornecedor. Se ele não tiver um estoque preparado para isso você corre o risco de não ter a mercadoria para o envio. A comunicação e integração com o fornecedor são indispensáveis para alinhar e neutralizar estas situações.
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