Compreender a logística verde no Brasil é um ato emergencial. Afinal, a indústria tem impactos tão alarmantes no meio ambiente que seus processos são capazes de desestruturar a fauna e flora do país. Assim como afetar a cadeia alimentar, comprometer nascentes e mananciais.
Além, é claro, de agravar o aquecimento global, poluição do ar e acelerar a devastação das florestas.
É um cenário, portanto, que, mais cedo ou mais tarde, precisaria de soluções efetivas e emergenciais, para que, no futuro, não haja prejuízos ainda maiores. Exatamente por isso que, hoje, governos e líderes precisam criar políticas específicas para a logística verde no Brasil.
Neste artigo queremos trazer o panorama desta nova visão estratégica da cadeia logística. Vamos analisar, portanto, alguns dos principais avanços, empresas que são exemplos de sustentabilidade, melhores medidas e certificados para auxiliar sua empresa a caminhar para um cenário muito mais responsável ambientalmente.
Logística antes da sustentabilidade
Até muito pouco tempo, o principal objetivo da indústria no Brasil era puramente expansivo. Ou seja, aumentar o volume de produção, rapidez de processos, pontos de distribuição e outras estratégias de crescimento.
Para isso, as determinações eram: Faça o que for preciso para crescer.
Não havia, portanto, qualquer preocupação no desenvolvimento sustentável. As empresas aumentavam as frotas, mesmo operando de forma ineficiente, desmatavam quilômetros de mata e procuravam métodos não responsáveis para diminuir custos.
Resultado?
- 78,3 milhões de toneladas de resíduos sólidos por ano;
- 30% do lixo pode ser reciclado, mas apenas 3% passam efetivamente por este processo;
- Impacto na saúde da população, segundo estudos, a poluição pode aumentar em até 15% o risco de morte pela COVID-19;
- A poluição do solo impacta na produção agrícola e pode comprometer mais de 20% do faturamento do setor;
- Só a indústria têxtil é responsável por 10% dos gases estufa do planeta, além de descartar mais de 500 mil toneladas de microfibras sintéticas nos oceanos todos os anos;
- A produção de uma camiseta pode comprometer quase 3 mil litros de água;
- Aumento reiterado de acidentes com cargas perigosas, comprometendo solo, vegetação, rios e nascentes por todas as principais rotas brasileiras.
Esta é uma parte do cenário que encontramos no Brasil. Sem contar, é claro, as pequenas e médias empresas que desperdiçam diariamente papéis, embalagens e produtos. Isso tudo devido à falta de responsabilidade ambiental.
Mas, as previsões do setor anunciam que este cenário pode – e precisa – mudar nas próximas décadas. Cada vez mais os consumidores exigem um comportamento muito mais responsável por parte das empresas. Tanto em relação ao meio ambiente, quanto à sociedade.
É exatamente por isso que empresas como a Natura, UNILEVER e AMBEV transmitem tanta confiança para os clientes. E, tornam-se assim, preferência da nova geração de consumidores.
Realidade da logística verde no Brasil, hoje!
A logística verde no Brasil caminha a passos lentos. Mas, como dissemos, algumas das maiores empresas do país estão atuando como grandes exemplos neste sentido. A Natura, por exemplo, referência em sustentabilidade, faz parte do movimento B-Corp.
A empresa tem um compromisso tão claro com a sustentabilidade, que:
- 90% das fórmulas são feitas com ingredientes naturais e, portanto, renováveis;
- Não realizam testes em animais desde 2006;
- Idealizaram metas para os próximos anos, uma delas é, no mínimo, 74% de material reciclável na massa total das embalagens Natura Brasil.
A AMBEV também está fazendo sua parte para estimular a logística verde no Brasil. Veja só:
Ah! E o grupo Boticário também:
Mas, e o que as pequenas e médias empresas podem fazer para se enquadrarem no cenário de logística verde no Brasil? Bom, algumas deles têm atualizado frotas, substituindo veículos extremamente poluentes, por outros mais eficientes. Além de automatizar processos, diminuindo a produção de resíduos tanto industriais, como no cotidiano da empresa.
Além disso, todas as empresas podem – e devem – investir nos selos verdes. Hoje, existem inúmeros certificados e selos que atestam a responsabilidade socioambiental das empresas. Os mais populares são:
- Carbon Trust Standard;
- ISO 14001, ISO 26000, ISO 50001;
- OHSAS 18001;
- Entre outros.
Pode parecer ilusório, mas todo e qualquer esforço para diminuir o impacto causado pelas indústrias e empresas é essencial na caminhada para uma sociedade mais responsável.
Ah! E tem algumas startups que estão ganhando espaço no auxílio a empresas que querem se tornar mais responsáveis. Como, por exemplo, o Selo eureciclo, que ajuda grandes empresas a fazerem a compensação ambiental. De acordo com a empresa:
“Certificamos a logística reversa de embalagens pós consumo, gerando incentivos para elevar as taxas de reciclagem no país.”
Hope, Cepera e Arezzo & Co são algumas das grandes marcas que utilizam este selo para ratificar sua responsabilidade socioambiental.
O que esperar da logística verde no Brasil do futuro
O cenário da logística verde no Brasil deve conquistar mais empresas, devido à exigência dos clientes e, também, da legislação, que vai se tornar mais rígida com o passar do tempo. A fiscalização referente à poluição, produção de resíduos, etc., também deve se tornar mais efetiva.
Afinal, o planeta já dá claros sinais de saturação e, se ações severas não forem tomadas, muito em breve vamos presenciar cenários cada vez mais alarmantes, aumento da temperatura média global e escassez de recursos naturais.
E você? O que está fazendo para implantar a logística verde no Brasil? Não sabe por onde começar? Bom, o primeiro passo é tornar seus processos logísticos mais eficientes, com roteirização, monitoramento e automação.
Sabe quem pode te ajudar a colocar em prática a logística verde? A Maplink!
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- API Planning, que foi criada para otimizar a sua operação, integrando a criação de rotas, com atribuição para os seus veículos ou equipes, para que o custo total seja reduzido e a produtividade aumente.
- Inclusão de gastos com pedágio (presentes nas suas rotas) nos cálculos da operação e facilidade no pagamento, para garantir previsões e controle de custos efetivos.
- Cálculos de matriz simplificados, considerando tempo e distância entre destinos (com base na melhor rota) e melhora na experiência de navegação e compra do seu cliente, além de ganhar visibilidade sobre a sua operação.
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